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25 de jul. de 2011

O peso da oração



              


           Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar. 


                O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.Pensando na necessidade da sua família ela implorou: Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver.... Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta. Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: Você tem umalista de mantimentos? Sim, respondeu ela. Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos! A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. 
          Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: Eu não posso acreditar!. 
                    O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...  
                  Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos... O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: Valeu cada centavo... Só mais tarde o comerciante pode reparar que a balança havia quebrado. 

Entretanto, só Deus sabe o quanto pesa uma oração... 

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